sábado, 17 de dezembro de 2011

FALECIMENTO DO GRANDE ATOR SÉRGIO BRITTO, HOJE DIA 17/12/2011




É com grande pesar que comunicamos o falecimento de um dos maiores atores do Brasil,

Sérgio Britto

17 de dezembro de 2011



Flávia Villela


Repórter da Agência Brasil



Rio de Janeiro – Dezenas de pessoas, entre parentes, amigos e fãs, estiveram no velório do ator e diretor Sérgio Britto, na tarde de hoje (17), na Assembleia Legislativa do Rio. Ele estava internado há um mês no Hospital Copa D’Or por causa de problemas cardiorrespiratórios.



A atriz Fernanda Montenegro foi uma das primeiras pessoas a chegar ao local. “[Sérgio Britto] era um homem excepcional. Viveu uma grande vida. Neste país tão caótico, do ponto de vista ético e comportamental, ele é uma liderança. Não foi uma liderança, ele é uma liderança”, destacou a atriz.



Fernanda Montenegro lembrou das companhias de teatro as quais liderou com o dramaturgo, como o Teatro dos Sete, em 1959, e o Teatro Tupi, em que contracenou com Britto durante dez anos semanalmente. Ela destacou a generosidade e honestidade do ator durante os mais de 60 anos de amizade. “Sérgio sempre passava por cima de algumas desavenças, nunca vi uma atitude persecutória de sua parte.”



Na TV Brasil, o ator apresentava o programa semanal Arte com Sérgio Britto, em que abordava temas sobre teatro, cinema e literatura, fazia críticas sobre peças e filmes que estão em cartaz e entrevistava personalidades do meio teatral e cinematográfico brasileiro. Para Montenegro, o programa deveria continuar por sua importância na divulgação da cultura. “Ele atendeu, com esse programa, a todas as manifestações culturais. Acho que o programa deveria continuar com o nome dele, [mostra a] integração tão forte do Sérgio com a cultura do nosso país.”



“Sérgio Britto deixa um buraco enorme em nossas vidas e no teatro brasileiro. Não posso dizer que seja insubstituível, mas será difícil que nasça alguém com tanta importância e valor para o teatro brasileiro”, ressaltou o bancário e ator amador Lucas Souza, que compareceu ao velório para prestar as últimas homenagens a Britto, de quem diz ser o maior fã.



O governador do Rio, Sérgio Cabral, decretou luto de três dias pela morte do dramaturgo e, em nota, declarou que Britto foi um dos maiores atores da história da dramaturgia brasileira. “Culto, elegante, sarcástico, explorou todos os canais de comunicação para a sua arte. Entretanto, no teatro foi o maior.”



Também em nota, o prefeito Eduardo Paes declarou que “o Rio de Janeiro hoje amanheceu mais triste com a perda de dois ilustres e queridos “cariocas”. “Um dos mais completos artistas da dramaturgia brasileira, o ator e diretor Sérgio Britto, que nasceu no Rio, dedicou sua vida às artes e, em especial, aos palcos”, diz a nota que acrescenta que a história de Britto se confunde com a história do teatro no Brasil.

O enterro de Britto está marcado para amanhã (18) de manhã no Cemitério São João Batista, na zona sul da cidade.
Edição: Talita Cavalcante











sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Em apresentação especial, Maria Bethânia reencontra obra de Chico Buarque

Por: Ana Carolina Addario



Na cabalística 22h22 desta terça-feira, 22, o público que lotava todas as mesas da casa de shows Via Funchal, localizada na zona sul de São Paulo, conferiu com entusiasmo o reencontro da grande diva da música brasileira Maria Bethânia (65) com a obra de um de seus maiores compositores: Chico Buarque (67).






Com os ingressos esgotados semanas antes da data marcada para o show, Bethânia entrou no palco toda de preto e com os pés descalços, como sempre, e deu início ao tour pelas diversas histórias de Chico com a canção Rosa dos Ventos, executada com a seriedade de uma estreia. Um pouco mais tímida que o usual, a cantora engatou a abertura com a sincrética Baioque, canção que mistura triângulo e guitarras, e (por nervosismo?) acabou errando a letra – motivo para receber ainda mais palmas e incentivos do público, que contou com a presença de artistas como Vanessa da Mata (35), Beatriz Segall (85), DJ Zé Pedro (42), e o CQC Rafael Cortez (35).






Na primeira fase da apresentação claramente dividida em dois atos, Bethânia interpretou tanto as clássicas canções da fase de protesto de Chico como Roda Viva, Cálice e Apesar de você; quanto a terna Maninha (eternizada pela parceria de Maria Bethânia e seu irmão, Caetano Veloso – 69); Gota D’água, composta para a peça de mesmo nome; e a emblemática Cala a boca, Bárbara.






Separada por uma versão instrumental da canção Beatriz, executada enquanto Bethânia se recompunha no backstage, a segunda etapa do show foi marcada por uma sucessão de grandes sucessos do compositor, e a partir dali o público se entregou de vez ao timbre determinado de Maria Bethânia. Terezinha, Cotidiano, João e Maria, Olhos nos olhos, Sem Fantasia (que foi apresentada em um vídeo da artista cantando em parceria com Chico) e muitas outras embalaram os espectadores, que aproveitaram as últimas canções para se aproximar do palco e para tietar a cantora de perto.






Por fim e para presentear o público com o entusiasmo do início da carreira de seu compositor, Bethânia apresentou no bis a marchinha A Banda, canção que lançou Chico Buarque no cenário musical ao vencer o Festival de Música Popular Brasileira em 1966, com apenas 22 anos. E a escolha foi uma homenagem não só ao Chico e ao público, segundo a explicação de Maria Bethânia. “Pensei muito sobre o que escolheria para tocar no bis, e então cheguei a esta canção, que é uma das mais famosas de Chico e que também é uma homenagem a sua primeira e grande intérprete, Nara Leão (42-89)”, revelou. A canção A Banda levantou a plateia e foi seguida por Chico Buarque da Mangueira, samba-enredo de homenagem ao artista composto pela escola de samba Mangueira em 1998, que encerrou o show.






Mesmo com a pouca interação com o público e uma apresentação um tanto sóbria, Maria Bethânia mostrou por que é uma das maiores intérpretes de Chico Buarque e esbanjou toda a sua intimidade com os milhares de personagens da obra de seu compositor. Emocionada e envolvida, ela provou mais uma vez porque consegue ser Bárbara, Beatriz, Rita, Geni e tantas outras e outros figuras das letras de Chico. Maria Bethânia canta Chico Buarque é a representação mais clara de um encontro bem sucedido e a compreensão das nuances destes dois mundos.






Reverência e referência






A cantora e compositora Vanessa da Mata, que já viveu 8 vezes a experiência de ter canções suas interpretadas por Maria Bethânia, falou sobre a admiração que tem pela intérprete e qual é a sensação de ver suas letras cantadas por ela. “Ela foi a primeira intérprete a cantar uma música minha, e sou muito feliz por isso. Sempre fico um pouco extasiada quando percebo uma nova possibilidade que ela me mostra das minhas próprias canções, porque ela transforma, melhora e abrange aquilo tudo. Ela é o tipo de artista que sempre vai fazer crescer aquela coisa que você criou, ela é a nobreza da música brasileira”, contou Vanessa momentos antes de entrar no show.






O CQC Rafael Cortez, que é um grande admirador do trabalho de Maria Bethânia, também marcou presença no show e contou sobre como saiu de uma saia justa em sua primeira entrevista com a artista. “Eu fiquei tão nervoso quando fui entrevistá-la que na hora de fazer uma brincadeira eu acabei trocando as coisas e a piada acabou saindo com outro sentido. Ela ouviu, olhou pra mim e disse ‘me respeite’, e saiu andando. Eu fiquei com a cara no chão, lógico. Então toda vez que posso eu reitero: Bethânia, mil desculpas, eu te adoro!”, revelou o CQC.






O show Maria Bethânia canta Chico Buarque integra a série de apresentações do projeto COVERS, realizado pelo Circuito Cultural Banco do Brasil, que conta ainda com a interpretação de Sandy (28) à obra de Michael Jackson (1958-2009), e as versões de Lulu Santos (58) para o vasto repertório da dupla Roberto Carlos (70) e Erasmo Carlos (70).














Repertório






Rosa dos Ventos / Baioque / Maninha / Roda Viva / Cala a boca, Bárbara / Tira as mãos de mim / Cálice / Brejo da Cruz / Gente Humilde / Apesar de Você / Gota D'água / Sonho impossível / Minha história / Beatriz (instrumental) / Terezinha / Cotidiano / Sem açúcar / Valsinha / João e Maria / Quem te viu, quem te vê / Noite dos mascarados / A Rita / Olhos nos olhos / Samba e amor (trecho declamado) / Tatuagem / Vida / Olê, Olá / Sem Fantasia / Todo o sentimento / Não existe pecado ao sul do Equador / A Banda / Chico Buarque de Mangueira
















FELIZ NATAL, FELIZ ANO NOVO


 FELIZ NATAL E UM ANO NOVO CHEIO DE REALIZAÇÕES E PAZ. SÃO OS VOTOS DE NOMEIA