sábado, 26 de julho de 2008

MARIA BETHÂNIA


Foi com Carcará que Bethânia que tudo começou (oficialmente) em 1965: Carcará, lá no sertão é um bicho que avoa que nem avião é um pássaro malvado tem o bico volteado que nem gavião. Carcará quando vê roça queimada, sai voando, cantando. Carcará vai fazer sua caçada. Carcará come inté cobra queimada, quando chega o tempo da invernada o sertão não tem mais roça queimada. Carcará mesmo assim num passa fome, os burrego que nasce na baixada.
Carcará pega, mata e come. Carcará num vai morrer de fome. Carcará mais coragem do que home. Carcará pega, mata e come! Carcará é malvado, é valentão e a águia de lá do meu sertão. Os burrego novinho num pode anda ele puxa o umbigo inté mata. Carcará pega, mata e come. Carcará num vai morrer de fome. Carcará mais coragem do que home. Carcará! (João do Vale)

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